“Na minha
passagem, ontem (8), por Garanhuns, fiquei tão indignado com a suspensão das
atividades da Faculdade de Medicina (FAMEG), mantida pelo Instituto
Tocantinense, que resolvi lançar, neste blog, uma campanha pelo seu
reconhecimento e sua regularização através do Ministério da Educação (MEC).
A Faculdade chegou a realizar o seu primeiro vestibular e a funcionar por um
ano em 2007, depois da interferência do governador Eduardo Campos (PSB), que
concedeu o seu credenciamento através do Conselho Estadual de Educação.
Contudo,
o Ministério da Educação julgou que o Governo do Estado não tinha competência
para fazer o credenciamento da instituição mantenedora.
Resultado:
a Faculdade foi obrigada a suspender suas atividades e partiu em busca da
migração para o campo federal, o que até o momento não conseguiu.
Políticos
que atuam na região, como os senadores Armando Monteiro Neto (PTB) e Humberto
Costa (PT) chegaram a interferir, mas nada conseguiram, embora sejam da base de
apoio ao governo Dilma Rousseff no Congresso Nacional.
O impasse está prejudicando Garanhuns e região, que precisam urgentemente de
uma instituição de ensino superior médica para formar profissionais e, assim,
atender a uma grande demanda por médicos no Nordeste, especialmente em
Pernambuco e no Agreste Meridional.
Constatei na visita ao prédio instituição, onde fui recebido pelo
diretor-geral, o ex-vice-prefeito Márcio Quirino, uma estrutura de primeiro
mundo para atender os alunos, desde salas de aula com muito conforto e
modernidade.
Tem
também laboratórios de todas as cadeiras do curso, entre os quais se destacam o
de Anatomia, Microscopia, Multidisciplinar e um Centro de Cirurgia
Experimental, além de uma belíssima biblioteca.
O que falta então para a FAMEG voltar a servir a Pernambuco?. Decisão política.
O governador Eduardo Campos foi procurado por uma comissão da faculdade durante
o Festival de Inverno e prometeu ajudar, mas a bancada federal até o momento
nada fez.
As notícias que correm na região associam ao travamento da Faculdade a
injunções políticas por parte de um poderoso grupo interessado no monopólio da
educação no Nordeste. Procurado pelo senador Armando Monteiro, o ministro da
Educação, Aloísio Mercadante, nada fez.
Enquanto isso, jovens que cursaram o primeiro ano de Medicina na FAMEG aguardam
com ansiedade a superação do impasse, que é de natureza política. “Nós temos
uma estrutura fenomenal, só comparável a grandes faculdades de Medicina de
centros mais avançados”, disse Márcio Quirino.
‘O senador está nesta luta. E através dela estamos solicitando uma audiência
com o ministro da Educação, Aloisio Mercadante, para retomar o assunto.
Garanhuns não pode prescindir desta instituição, que se não estivesse
interrompido os seus serviços já teria formado a sua primeira turma de 120
médicos’, disse Régis”.
OPINIÃO
– A chegada de Magno Martins para empunhar a
bandeira da FAMEG é um reforço em tanto para a causa. É que os políticos votados
na Região, assim como o nosso Prefeito, davam mostras que o assunto já era
causa perdida. Mais uma vez, o Poder da Mídia acordou as autoridades. Que bom!.
Garanhuns e o Agreste precisam da FAMEG. E a luta para reativar a Faculdade de
Medicina precisa de todos.