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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Essa é destaque no
Jornal do Commercio:
“O script para pagamento de bandas em shows nos municípios
do Estado, pela Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur), volta a ser foco de
acusações, agora na Assembleia Legislativa, exatamente onde parlamentares têm
sido apontados como instrumento dos gastos públicos com essas festas.
O deputado de oposição Álvaro Porto (PTB) acusou, ontem, dia
24, a Secretaria de Turismo e a Empetur de superfaturar pagamentos de artistas
e bandas em festas de padroeiros municipais e no Carnaval deste ano e de
perseguição política a prefeitos opositores do governo Paulo Câmara (PSB). O
deputado antecipou, na tribuna, que na próxima semana ingressa com denúncias no
Tribunal de Contas do Estado (TCE) e no Ministério Público de Pernambuco (MPPE)
pedindo a apuração dos casos de pagamento de shows levantados no Diário Oficial
do Estado que identifica como “superfaturados”, no comparativo feito
com os mesmos shows em outras praças.

Porto citou como exemplo a cantora baiana Margareth
Menezes que, segundo o D.O. da Bahia, recebeu R$ 30,9 mil para cantar no
Pelourinho, em Salvador, dia 13 deste mês, e quatro dias depois ganhou R$ 150
mil para uma exibição em Belém de São Francisco (Sertão). “Está tudo
documentado”, assegurou.



O Deputado oposicionista atribuiu diretamente à
Secretaria de Turismo e à Empetur a responsabilidade pelos casos relatados como
de discriminação política. “Elas é que escolhem as bandas, não são as
prefeituras”, destacou. Porto citou Agrestina, São João e Canhotinho ­
essa, onde seu sobrinho Felipe Porto é prefeito­ como cidades com gestores
“que apoiaram Armando Monteiro (PTB) ao governo” e que não receberam
apoio para o Carnaval e festas de padroeiro, enquanto as governistas Jucati,
Bonito e Altinho, também no Agreste Meridional, teriam sido contempladas.
“Isto é clara perseguição política”, definiu.

O secretário de Turismo de Pernambuco e deputado federal
licenciado, Felipe Carreras (PSB), a quem a Empetur está subordinada,
“negou haver discriminação política” no financiamento de shows em
municípios e contestou as acusações de superfaturamento nos cachês pagos a
artistas e bandas. Carreras afirmou que o governo, via Empetur, abriu edital
para qualquer artista se apresentar no Carnaval, podendo colocar o valor do seu
cachê. “Foi feito um portfólio para mostrarmos aos prefeitos e aumentamos
de três para cinco a necessidade de comprovação de cachês. A Margareth Menezes
comprovou que se apresentou noutro lugar pelo valor contratado”, disse.



Na Alepe, governistas reagiram às acusações, saindo em
defesa do governo estadual. O líder Waldemar Borges (PSB) afirmou “não
haver postura discriminatória” e que o governo trata igual a todos os
municípios, “independentemente da coloração partidária”. “Foi
este governo que colocou regras em uma área muito subjetiva, através de um
edital que diminuísse a subjetividade. O governo não tem como controlar preços
de artistas, por isso colocou regras”, acrescentou Borges após a sessão.
“Não há escolha por quem apoiou e quem não apoiou Paulo Câmara. Em
Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB) é de oposição e lá houve polo de Carnaval. Em
Itamaracá, também”, lembrou Aluísio Lessa (PSB)”.
(Jornal do Commercio – Ayrton Maciel  – Política – 25/02/2015)