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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | segunda-feira, 07 de agosto de 2017

 
A filha de 10 meses de um
casal de Garanhuns foi recolhida pelo Conselho Tutelar de Maceió. Segundo o Órgão,
os pais não têm a guarda da criança e vieram para a capital alagoana com a
menina sem a autorização da tutora legal. O casal, no entanto, afirma que a
bebê foi sequestrada.
José Glaucio da Silva Bernardo
e a esposa Maria Auxiliadora estão em Maceió desde o dia 28 de junho. Ele conta
que veio para a cidade para procurar emprego como pedreiro e que iria embora no
dia seguinte depois de distribuir alguns currículos. “Quando chegamos na
rodoviária com a passagem comprada fomos abordados por uma mulher que se
apresentou como assistente social e nos levou para uma casa de apoio [a Casa de
Passagem, que fica no centro]. Lá, uma conselheira tutelar chamada Ruth Moura
tirou a menina da gente e sumiu. Depois disso, fomos expulsos da casa de
apoio”, relata Bernardo.
O pai da menina relata ainda que
já registrou um boletim de ocorrência sobre o caso, e que não consegue notícias
da filha junto ao Conselho Tutelar. “A menina é bem tratada, cheirosa,
limpinha. Eu tava aqui arrumando serviço de pedreiro, aí veio essa mulher e
pegou da gente. Estávamos no abrigo e agora estamos na rua. A polícia diz que é
sequestro. Não levaram nem o documento da menina. Não dizem como ou onde ela
está. Só sabemos que ela está em Maceió”, diz Bernardo.
PAIS NÃO TINHAM GUARDA, DIZ CONSELHO TUTELAR – Procurada pela
reportagem do G1, a conselheira tutelar da 2ª Região, Ruth Moura, confirma
que a criança foi tirada dos pais. Pois, segundo ela, além de não terem a
guarda da menina, os pais foram considerados incapazes de cuidar da criança
segundo o Conselho Tutelar de Garanhuns. “A mãe do pai é que tem a guarda da
criança, lá em Pernambuco. Eles são alcoólatras e têm muitos problemas lá e
vieram para cá com a menina sem autorização da avó. A família estava dormindo
na rodoviária, e, por isso, foi abordada pela assistente social”, relata Ruth.
A conselheira ainda explica
que após serem levados para a Casa de Passagem, o casal ainda voltou para
Garanhuns para receber o dinheiro de um benefício destinado à criança. “Eles
recebem R$ 480 do Bolsa Família do bebê. Saíram escondidos da casa de apoio,
deixando o bebê lá, e voltaram bêbados e sem o dinheiro. Depois disseram que
não conseguiram pegar o dinheiro”, acrescenta. Ruth diz ainda que pegou o bebê
e levou para um outro local em Maceió, que por questão de segurança, não pode
ser revelado nem mesmo aos pais.

“A avó disse que não pode
cuidar da criança, pois está muito doente. E os pais estavam na rua com a
filha. Acionamos a Justiça e agora estamos aguardando a decisão da juíza Fátima
Pirauá para saber o que fazer, se a gente leva para Garanhuns ou se o Conselho
de lá vem buscar”, explica a conselheira.
Ainda segundo ela, os pais não
puderam mais ficar na casa de apoio. “Eles vivem embriagados. Lá na Casa de
Passagem tinham algumas garrafas de cachaça, deixadas por outras pessoas, e os
dois tentaram beber. Lá em Garanhuns e aqui em Maceió foi oferecida ajuda para
eles abandonarem o vício, mas os dois recusaram. A situação deles é de
vulnerabilidade”. (Com informações de Derek
Gustavo/G1 AL. CONFIRA)