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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | terça-feira, 26 de novembro de 2013

Um laudo técnico atestou que
os três acusados de crimes de canibalismo em Garanhuns, ocorridos no ano
passado, não têm problemas mentais. Jorge Beltrão Negromonte da Silveira,
Isabel Cristina da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva foram avaliados
pelo Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, em Itamaracá, na Região
Metropolitana do Recife, a pedido do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
Os laudos foram solicitados em dezembro de 2012 pela juíza Maria Segunda Gomes,
emitidos na última quarta-feira, dia 20 e entregues à Justiça na sexta, dia 22.

Com o laudo, o TJPE confirma que os réus passam a ser imputáveis, ou seja,
respondem pelos atos que cometeram. Os crimes foram descobertos em abril do ano
passado. Pelo menos três mulheres foram encontradas mortas, enterradas em
quintais de casas de Garanhuns e Olinda. Os três permanecem presos e ainda não
foi marcada a data do julgamento.
Em outubro do ano passado,
houve a primeira audiência de instrução e julgamento do trio em Olinda. Na
cidade, eles respondem por três crimes: homicídio quadruplamente qualificado,
vilipêndio (violação) e ocultação de cadáver. A vítima é Jéssica Camila da
Silva Pereira, no ano de 2008. O trio também responde por duas mortes em
Garanhuns. Todos os homicídios têm traços de violência, canibalismo e rituais
macabros.


ENTENDA
O CASO –
O
inquérito relata que Jéssica Pereira era moradora de rua, tinha 17 anos, uma
filha de um ano e aceitou viver com os acusados. Eles planejaram ficar com a
criança depois de matar a mãe. Em Garanhuns, as vítimas foram Giselly Helena da
Silva, 31 anos, e Alexandra Falcão da Silva, 20 anos, mortas, respectivamente,
em fevereiro e março do ano passado.


De acordo com a polícia, a carne dos corpos das vítimas era fatiada, guardada
na geladeira e consumida pelo trio. A criança, inclusive, também teria comido
da carne da mãe. Eles teriam até utilizado parte da carne das vítimas para
rechear coxinhas e salgadinhos que vendiam em Garanhuns.

Os acusados afirmam fazer parte da seita Cartel, que visa a purificação do
mundo e o controle populacional. A ingestão da carne faria parte do processo de
purificação. O caso veio a público depois que parentes de Giselly Helena da
Silva denunciaram o seu desaparecimento. Os acusado usaram o cartão de crédito
da vítima em lojas de Garanhuns e foram localizados. Uma publicação contendo os
detalhes dos crimes – registrada em cartório – foi encontrada na casa dos réus.
Para a Polícia Civil de Pernambuco, não há possibilidade de outras mortes terem
sido praticadas pelo trio no estado.
(Com
Informações do G1)