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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | terça-feira, 07 de outubro de 2014

O Jornalista Ronaldo César,
que assina um dos blogs mais acessados e credibilizados de Pernambuco, publicou
uma análise bastante sensata quanto ao empenho do Prefeito Izaías Régis em
buscar eleger um Deputado Estadual radicado em Garanhuns. Confira e tire as
suas conclusões:  
Em suas palavras de agradecimento pela votação, o vereador Sivaldo
Albino, que teve pouco mais de 13 mil votos para deputado, sendo que em torno
de dez mil deles em Garanhuns, disse que o prefeito Izaías Régis conseguiu seu
objetivo. Não deixando claro, todos entendem que se trata da intenção de não
eleger deputado de Garanhuns. Explica-se.
Izaías deixou para até o último momento para decidir seu candidato,
quando já não havia tempo hábil nem lideranças regionais disponíveis para que
seu indicado pudesse fortalecer seu palanque, assim ficou praticamente uma
campanha de prefeito, restrito aos limites do município de Garanhuns. Izaías,
quando se elegeu deputado, tinha várias bases na região, não segurou nenhuma.
Dos 40 mil votos que teve, somente em torno de 15 mil foram na cidade, portanto
sabia da importância de ter apoios fortes no Agreste. Zaqueu teve pouco mais de
23 mil votos, sendo 20 mil em Garanhuns. Precisaria de pelo menos outro tanto
fora da cidade. Izaías poderia ter dado se tivesse se empenhado em fazer seu
deputado além das nossas fronteiras. Mas ninguém vai criticá-lo, pois ele
vestiu a camisa, como se diz, mas sabendo que seu candidato não chegaria.
Precisava mostrar força em Garanhuns, fazendo o majoritário, e com expressiva
votação. Foi o que aconteceu. Zaqueu também sai maior do que entrou, mas
poderia ter sido eleito.
Como nossos candidatos só têm votos em Garanhuns, ninguém se elege.
Vejam exemplos de Claudiano, Álvaro Porto e Romário. Para ser deputado, o
candidato tem que rodar, agregar lideranças em dezenas de municípios. Nossas
campanhas de deputado parecem de prefeito. E não adianta dizer que nossa gente
não vota nos candidatos da terra. Mesmo que votassem ainda mais, os candidatos
não venceriam, ficaram a mais de dez mil votos dos eleitos.
Izaías também não apoiou quem já estivesse com o nome colocado, que
pudesse crescer politicamente, como era Rosa Quidute, que estava ao seu lado.
Não deu a mínima e até menosprezou. Reclamou que não havia sido comunicado da
candidatura, mas não apoiaria de qualquer forma.
Há quem acredite que a candidatura de Gersinho foi incentivada dentro do
Palácio Municipal, para pulverizar ainda mais os votos da cidade, e com o
rompimento, deixá-lo na oposição, dividindo os votos que seriam contrários. Deu
certo, mas mesmo que não fosse candidato, Sivaldo não chegaria. Izaías também
não reclamou publicamente quando viu vereadores e outras lideranças acertarem
com “candidatos de fora”, do seu partido, o PTB, como Álvaro Porto e
Romário Dias. 

Se Izaías apostou em não fazer deputados da cidade, suas fichas foram
todas para a candidatura de Armando Monteiro. Apostou com vontade, indo além do
apoio e se tornando um porta-voz do partido, muitas vezes com pronunciamentos
que atingiam seus adversários. Estava certo da vitória, e por isto, não
precisaria de deputado. Deu errado! Provocou lideranças como o próprio Paulo
Câmara, o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, e até o ex-governador Eduardo
Campos, entre outros. E não se tem notícias que eles tenham ao menos respondido
Izaías. 

Izaías sai fortalecido em Garanhuns, ao conquistar 20 mil votos com seu
grupo para Zaqueu, mas precisaria elegê-lo, e não o fez. Garanhuns precisa de
voz na Assembleia, e se Izaías não conseguiu eleger, não vejo vitória nisso.
Era para Izaías ter liderado a região e ter feito seu deputado, o deputado de
Garanhuns, cobrando de Armando este apoio nos municípios para o seu candidato.
Principalmente se eles se coloca como esta liderança estadual aliada ao
senador. Não dá para o candidato de Izaías só ter votos na cidade, diante da
importância que o prefeito de Garanhuns tem dentro da Coligação Trabalhista.
Aliás, venceu com Armando, mas foi outra vitória amarga diante do resultado
estadual. 
Assim, Izaías se fortalece sozinho, não construiu ninguém a sua sombra.
Mas este processo, no futuro, pode causar um isolamento. Seu grupo político no
estado sofreu uma forte queda. E ainda nem tem garantida a vitória de Dilma.
Izaías sai fortalecido das urnas, mas outros olhares podem indicar que
não”.