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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | sábado, 30 de março de 2013


O temor de que a inflação ultrapasse ainda em março o
teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC) para 2013 deve levar o governo
a ceder às pressões das montadoras e congelar, por pelo menos mais três meses,
a alíquota de 2% de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para
automóveis.

A princípio, estava previsto que o tributo para carros de
até mil cilindradas subiria para 3,5% a partir desta segunda-feira, 1º de
abril. Mas diante da possibilidade de que os juros básicos tenham que ser
elevados para acomodar a crescente pressão sobre os preços, a equipe econômica
da presidente Dilma Rousseff já avisou que fará de tudo para evitar que o BC
tenha que recorrer a esse expediente. Em outras palavras, significa dizer que o
Ministério da Fazenda tem carta branca para cortar quantos impostos forem
necessários para reduzir os custos da indústria e, por tabela, a inflação ao
consumidor.

O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega,
reiterou que o governo tem R$ 105 bilhões para queimar em novas desonerações
entre este ano e 2014. Nesta conta entram os cortes de impostos na folha de
pagamentos e na cesta básica e, agora, a prorrogação do IPI menor para
automóveis. A inclusão do setor automotivo nessa nova lista de isenções
tributárias foi confirmada por Mantega, que se reuniu ontem em São Paulo com
representantes do setor automotivo para tratar dos números da produção e das
vendas de março, assim que chegou de viagem da África do Sul. (Do Correio
Braziliense)