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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | quarta-feira, 10 de abril de 2013

A
operação desencadeada pelo Ministério Público Federal resultou na prisão de
quatro pessoas acusadas de desvio de verbas do Hospital Regional Dom Moura,
aqui em Garanhuns.  Entre os presos está
a ex-diretora da unidade de saúde Maria Emília Pessoa, além de três
funcionários. Eles são acusados de desviar 62 cheques, num total de R$ 267 mil.

A ação dos promotores em Garanhuns aconteceu na manhã de ontem e teve apoio das
Polícias Militar e Civil. Além da ex-diretora, foram presos Lúcio Ferreira
Duarte Neto, que trabalhava como assistente administrativo, Maria Veridiana
Albuquerque da Silva Araújo, que até ontem atuava no apoio administrativo, e
Marcone Souto Araújo, ex-porteiro do Dom Moura. Apenas Maria Veridiana estava
atuando na sua função. Os outros servidores já tinham sido afastados.

Também foram apreendidas câmeras fotográficas, notebooks, pendrives e outros
materiais que serão analisados pelos promotores e equipe técnica do Ministério
Público. “As investigações vão continuar e mais gente pode ser presa. Os
valores desviados no esquema são relativos a 2010 e 2011, mas pode ter muito
mais coisa lá dentro”, disse o procurador-geral de Justiça Aguinaldo
Fenelon, que acompanhou a operação em Garanhuns. Segundo ele, os recursos eram
desviados através de um esquema que tinha o porteiro Marcone Araújo como
laranja. Ele é marido de Maria Veridiana e o dinheiro desviado era depositado
em sua conta.

As duas mulheres que foram presas ontem passaram mal e foram internadas no
próprio Hospital Dom Moura, onde estão custodiadas. Já os homens foram
encaminhados para a cadeia de Garanhuns. A prisão preventiva é por cinco dias e
pode ser prorrogada por mais cinco.

Maria Emília atuou como diretora do hospital entre 2007 e o final do ano
passado, quando, após as denúncias, foi afastada pela Secretaria de Saúde do
Estado. As investigações começaram ano passado, a pedido da secretaria, que
suspeitou de irregularidades, após uma empresa prestadora de serviços ao
hospital enviar ofício cobrando o pagamento de R$ 10 mil, distribuídos em duas
notas fiscais.

Foi constatado que esse pagamento já tinha sido efetivado e que os cheques
apresentados na prestação de contas do hospital divergiam dos cheques sacados
no banco. Depois da conclusão do inquérito da Polícia Civil, o Ministério
Público aprofundou as investigações e descobriu os outros cheques desviados
pelo grupo. (Jornal do Commercio – Edição de 10/04/2013).