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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | sábado, 30 de junho de 2018

Após a divulgação da
programação oficial do 28ª Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) um assunto em
especial tomou conta da Cidade: a apresentação do monólogo teatral “O evangelho
segundo Jesus, Rainha do Céu”.


Previsto para ser exibido nos
dias 26 e 27 de julho, no Salão Jaime Pincho, no Sesc Garanhuns, o Monólogo,
originalmente escrito pela dramaturga transexual escocesa Jo Clifford,
traduzida, montada e dirigida pela argentina radicada em São Paulo, Natalia
Mallo, tem como protagonista uma releitura de Jesus, vivendo nos dias atuais
como uma travesti, interpretada pela atriz Renata Carvalho.


Em muitas Cidades, ações
judiciais tentam cancelar a peça, embora em algumas delas as liminares
expedidas pela Justiça nesse sentido são cassadas, tornando possível a
apresentação. Assim, aconteceu em Jundiaí, São Paulo, onde o Tribunal de
Justiça daquele Estado, desfez a decisão do Juiz Luiz Antonio de Campos Júnior,
da 1ª Vara Cível da Cidade, que se encarregou, em setembro de 2017, em barrar o
espetáculo no Sesc local, ao escrever em sua sentença: “figuras religiosas e
sagradas não podem ser expostas ao ridículo”.


Aqui em Garanhuns, o Prefeito
Izaías Régis (PTB) se posicionou contrário a exibição da peça. Apesar de a
apresentação estar prevista para acontecer nas dependências do SESC local, em
entrevista a Rádio Jornal Garanhuns na manhã de hoje, dia 29, o Prefeito
anunciou que não cederá o teatro do Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti
para que o Monólogo seja apresentado. “É uma manifestação que atinge o
cristianismo, que atinge as religiões, e como consequência, atinge Garanhuns,
que é uma cidade cristã”, pontuou Régis, que comunicou a sua decisão ao Secretário
de Cultura do Estado, Marcelino Granja.

Em resposta a posição do
Prefeito, Marcelino Granja registrou, também em entrevista a Rádio Jornal Garanhuns,
“ninguém está sendo obrigado a ir ver a peça (…); vai ver quem quiser ver.
Isso é normal! Não é onze horas da manhã, será à noite (…) e faz parte da
liberdade de criação artística e do livre arbítrio de cada um”, pontuou o Secretário
Estadual de Cultura, que ainda fez um apelo: “pedimos calma a todo mundo, para
não politizar, visões ideológicas distintas sobre arte. Isso está garantido na
Constituição do Brasil: a liberdade de expressão artística de pensamento e o Poder
Público não pode proibir a criação artística, nem proibir o livre arbítrio de
qualquer cidadão”, finalizou Granja. (Com informações do Blog do Gidi Santos)

Clique em player para
ouvir as posições do Prefeito Izaías Régis e do Secretário de Cultura de
Pernambuco, Marcelino Granja: