O Brasil fechará o ano de 2021 com mais de um celular por habitante. São cerca de 214 milhões de habitantes e 254,4 milhões de celulares, cerca de 1,19 celulares por habitante. Vamos fazer um paralelo com a cidade do Recife que tem 1,65 milhão de habitantes e 2,58 milhões de celulares, cerca de 1,56 celulares por habitante. A nossa cidade tem uma média 31,09% maior do que a brasileira. Enquanto o crescimento vegetativo da população vem caindo pela metade na pandemia, o número de celulares vem crescendo em média de 1,5 milhão ao mês.
Tento como referência os meus três filhos, os dois primeiros de 25 e 23 anos, são da geração que acessava a web via desktop ou laptop, já o meu caçula de 18 nunca enviou um e-mail por exemplo, sua fase era SMS e WhatsApp mesmo, ele teve a sua iniciação à rede via mobile com as respectivas redes sociais.
O smartphone hoje é indispensável, otimiza o nosso tempo, facilita o nosso dia a dia e ainda ajuda no nosso trabalho, estudo, ampliando e fidelizando a nossa rede de relações pessoais e profissionais. E por que não políticas?
No segmento político, as estratégias eleitorais com campanha digitais já estão bastante presentes nas últimas campanhas e a tendência é que cresçam ainda mais em 2022. Enquanto a participação dos smartphones cresce em volume geométrico, os outros aparelhos como desktops, laptops e tablets só fazem cair. E vem reduzindo a sua participação a cada dia na média de acessos à rede. Quase a totalidade das novidades das redes sociais, aplicativos, plataformas, gerenciamento, automação, design, edição de fotos e vídeos já são desenvolvidos para os smartphones. Além do crescimento da qualidade na captação de imagens e vídeo pelos dispositivos.
Hoje os conteúdos podem ser segmentados e geoprocessados ao público-alvo com mensagens diretamente, intensificando a abordagem B2C, na pré e campanha política de 2022.
Paralelo a toda essa transformação digital, o Congresso Nacional está legislando uma mini Reforma Política, onde os principais pilares são o aumento do fundo partidário e a volta das coligações partidárias. A PEC para ter validade já próximo ano, devem ter a segunda votação do Senado Federal até o dia 6 de outubro. Com estas reformas, as campanhas ficarão mais caras e serão pagas essencialmente pelo contribuinte e deverão ser mais restritivas em relação a renovação política e o acesso das minorias.
As campanhas voltadas para os smartphones devem ser propulsoras de informações, dados, fotos, vídeos, áudios, infográficos, plantas, maquetes virtuais e conceitos de pré-campanha a partir de agora com ainda mais força. E, ter um papel preponderante na estratégia política do ano que vem.
As redes sociais com seus targets bem definidos: Facebook, Instagram, Twitter, Youtube, Linkedin, Tik Tok, Blogs e outras devem veicular as campanhas, inclusive com o WhatsApp, que deverá ser utilizado para a formações de grupos de campanha, difusão de informações e prospecção de novos eleitores.
Lembro a vocês que as empresas de telefonia estão se adaptado à nova realidade – de ter um pacote de maior de dados do que de voz. Remodelando os seus planos e pacotes oferecidos aos clientes. Eu já ajustei o meu!
Pessoal, usem bem os seus dispositivos alinhados com a direção estratégica das campanhas, sejam alegres, pacíficos e argumentem muito, convertendo muito votos. E para finalizar, vamos gastar a sola de nossos tênis, que temos que invadir o Estado, na rua e na web.
Alexandre Luiz Oliveira
Publicitário e diretor da Marco Zero Comunicação