BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | sábado, 16 de fevereiro de 2013
Secretários do Governo do Estado devem apresentar, na próxima segunda-feira
(18), ao governador Eduardo Campos (PSB), um esboço do aporte financeiro que a
gestão deverá oferecer aos prefeitos pernambucanos dentro do conjunto de ações
esperadas pelas prefeituras pernambucanas.
O “pacote de bondades”, como está sendo chamado o gesto, chegaria para
ajudar os Executivos municipais nesse momento de arrocho financeiro. Desde o
ano passado, medidas do Governo Federal resultaram em renúncias e desonerações,
afetando, diretamente, o repasse de verbas públicas aos municípios. Segundo a
Confederação Nacional dos Municípios (CNM), as perdas ultrapassam a casa dos R$
2 bilhões.
Até a próxima segunda-feira, os secretários deverão fechar os orçamentos e
apontar o que será destinado de cada pasta para o pacote. Segundo um palaciano,
auxiliares do governador Eduardo Campos estão colocando no papel os projetos
estruturadores – e que deverão ser priorizados – para calcular o quanto o
Estado poderá desembolsar em favor dos prefeitos. Os números serão mostrados ao
socialista três dias antes do seminário capitaneado por Eduardo com os gestores
municipais. O encontro ocorrerá em Gravatá, durante dois dias: 21 e 22 de
fevereiro.
Vale lembrar que, em janeiro passado, o governador Eduardo Campos ordenou
aos secretários estaduais otimizarem os gastos da máquina pública para aumentar
a capacidade de investimento do Estado em 2013. Pelos cálculos do gestor
socialista, deverão ser incrementados à meta prevista cerca de R$ 400 milhões,
saltando de R$ 3,1 bilhões para R$ 3,5 bilhões o volume para ser investir em
Pernambuco, neste ano.
Ao mesmo tempo em que mantém a sete chaves o valor da milionária cifra que
deverá ser desembolsada pelo Governo do Estado para ajudar as prefeituras, o
Governo do Estado adotou uma postura mais cautelosa quanto ao assunto. Desde
que foi anunciado a intenção de colaborar com os prefeitos, o governador
Eduardo Campos busca desviar o foco sobre o tema, claramente para não gerar
expectativa grande demais em relação ao aporte que o Estado deverá realizar.