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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | domingo, 31 de março de 2013


A cartilha do jogo político reza que não é prudente expor
as cartas antes da hora e antecipar campanha eleitoral. Pelo menos é o que
dizem políticos experientes em Brasília. Mesmo assim, a quase dois anos do
pleito que definirá o comando da República de 2015 a 2018, o tabuleiro está
praticamente montado e os pré-candidatos, extraoficialmente, definidos.

Na avaliação de governistas e oposicionistas, quem mais
perde com a antecipação é a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição.
Segundo interlocutores da Presidência, o terceiro ano do mandato é considerado
decisivo, uma vez que é hora de a presidente “mostrar serviço”. Ter sua agenda
de governo confundida com compromisso de campanha, no entanto, pode atrapalhar
sua governabilidade.

“Ela fica desviada de sua função principal, que é
governar. Deixa de tomar conta da ‘loja’”, avalia o professor David Fleisher,
do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB).

Apesar de Dilma ser apontada como principal prejudicada
no processo de antecipação de campanha, é ponto pacífico entre pessoas ligadas
a todos os pré-candidatos que o marco para o início da corrida eleitoral de
2014 foi o evento de comemoração dos 10 anos de governo petista. Na ocasião,
Lula conteve o movimento que pedia sua volta e deixou claro que a candidata do
partido era Dilma Rousseff. Segundo interlocutores próximos à presidente, o
gesto foi um movimento combinado entre ambos. 

EDUARDO E O EFEITO COLATERAL O “efeito
colateral” veio em seguida. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), o
senador Aécio Neves (PSDB) e a ex-senadora Marina Silva (que está constituindo
o novo partido Rede Sustentabilidade) também colocaram o “bloco na rua”, e já
ganham projeção e visibilidade. “Foi dada a largada”, disse o senador Rodrigo
Rollemberg (PSB), ligado ao correligionário pernambucano. 

Campos, por exemplo, tem o trunfo de encabeçar
uma das legendas que mais ganhou projeção na última eleição municipal: o PSB.
Como governador de Pernambuco, ele pode tirar votos de Dilma no Nordeste, onde
a popularidade da petista é maior, e também dividir a base aliada ao Planalto. (Portal
Terra – Diogo Alcântara)