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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | domingo, 11 de abril de 2021

Há exatos nove anos, policiais
civis chegavam ao bairro Jardim Petrópolis para tentar desvendar o
desaparecimento de uma Jovem. Na residência visitada viviam três adultos e uma
menina de 5 anos. Foi ela quem apontou à Polícia onde estava o corpo da mulher
que sumiu: os restos mortais estavam enterrados no quintal. Também havia o de
outra desaparecida, em mais uma vala. Jorge Beltrão Negromonte da Silveira,
Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva acabaram presos
em flagrante. Na delegacia, mais surpresa: confessaram canibalismo. Isabel, em
depoimento que foi gravado, ainda revelou que o trio fazia salgados com os
restos mortais das vítimas.

O caso que ficou conhecido
como os Canibais de Garanhuns (título rechaçado pelos Garanhuenses) começou a ser desvendado em 11 de abril de 2012.
E chocou o mundo. A cada dia, um novo relato de um dos integrantes do trio
surpreendia. Chegaram a falar em até oito ou nove mulheres vítimas do
“Cartel”, uma suposta seita criada para diminuir a população do
planeta – sob o argumento que aquelas mulheres atraídas pelo trio com a
promessa de emprego deveriam ser mortas porque eram mães solteiras e não tinham
condições de criar os seus filhos. Depois de mortas e esquartejadas, partes dos
corpos das vítimas serviam de alimento para o trio, para a criança e o resto
virava empada, que, segundo o depoimento de Isabel, foi vendido pelas ruas de
Garanhuns. Forminhas foram encontradas na residência, que foi saqueada após a
prisão do trio.

A primeira vítima foi Jéssica
Camila da Silva Pereira, de 17 anos, no bairro de Rio Doce, em Olinda. Na casa
onde o trio morava, ela foi assassinada e restos mortais foram encontrados em
2012, durante as investigações da Polícia. A criança que o trio cuidava era filha
da Jéssica. As outras vítimas foram: Alexandra Falcão, 20 anos, e Giselly
Helena, 31, ambas em Garanhuns.

ONDE ELES ESTÃO? – Jorge,
Isabel e Bruna foram condenados por todos os três assassinatos. E seguem
presos, segundo a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres). Em nota
enviada à coluna Ronda JC, do Jornal do Commercio, a Pasta informou que Jorge
Negromonte cumpre a pena na Penitenciária Professor Barreto Campelo, em
Itamaracá. Já Isabel e Bruna estão presas na Colônia Penal Feminina de Buíque,
no Agreste. “Todos têm bom comportamento nas respectivas unidades
prisionais”, disse a Seres. Já a criança encontrada com o trio está sob a
guarda de uma tia avó de Jéssica.


CONDENAÇÕES PELA JUSTIÇA
– Em 2019, os desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de
Pernambuco (TJPE) aumentaram as penas de prisão. A mudança nas penas foi
referente à condenação pelo assassinato, ocultação e vilipêndio do cadáver de
Jéssica. Jorge recebeu 27 anos de prisão e um ano e meio de detenção. Isabel e
Bruna passaram para 24 anos de prisão e um de detenção. Já pelas mortes de
Alexandra e Giselly, as penas foram ainda maiores. Jorge e Bruna foram
condenados a 71 anos de prisão. Isabel foi condenada a 68 anos. (Com informações
do Ronda JC – Raphael
Guerra
/ Jornal do Commercio. CONFIRA)