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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | sábado, 21 de fevereiro de 2015

Essa é destaque no Jornal do
Commercio de 21/02/2015:
“As
fortes chuvas do último domingo (16) provocaram um desastre ecológico na zona
rural de Garanhuns, no Agreste do Estado. Um deslizamento de encosta destruiu a
mata ciliar e soterrou a margem de um riacho abastecido pela nascente Olho D´
Água, parte da Bacia Hidrográfica do Rio
Mundaú, com toneladas de terra e lixo. Além disso, várias árvores centenárias
não resistiram à força da água e desabaram.
A
destruição foi registrada por Fernando Luna, do grupo Rotary Sete Colinas,
instituição integrante do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente
(Codema) de Garanhuns. Entre os motivos apontados para o dano estão a retirada
da vegetação natural, como a mata ciliar, as obras de drenagem e saneamento da
Cohab II, realizadas em 2012, e as recentes invasões e construções irregulares
de moradias na parte superior da encosta. “
Enquanto todo mundo está sofrendo com a falta d´água, Garanhuns destrói
deliberada
mente
todo o ecossistema que protege as nascentes. O Rotary Sete Colinas também já
fez uma representação junto ao Ministério Público Federal (MPF), denunciando os
danos ambientais no município e as ameaças às nascentes, responsabilizando o
poder público municipal”
, afirmou Fernando.

O
desastre poderá ser revertido, mas o tempo do processo de recuperação vai
depender do tamanho do estrago feito. É isso o que afirma o professor da
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e doutor em tecnologia ambiental
e recursos hídricos Vicente de Paula Silva. “
É uma questão muito específica de um problema com o
manejo adequado de uma área de microbacia hidrográfica, como o riacho. A
formação vegetal deve ter sido reduzida, por isso o solo não teve condições de
ret
er as águas
das fortes chuvas, causando a enxurrada, a queda de árvores e o acúmulo de
lixo. A situação é séria porque pode poluir o Rio Mundaú e prejudicar a
produção de água”
, explica.

MUNDAÚ – A Bacia do Rio Mundaú tem uma
área de aproximadamente 4.126 quilômetros quadrados, que se espalha entre
Pernambuco e Alagoas. O curso d´
água nasce em Garanhuns e corta 30 municípios. No
Estado, o rio abastece três reservatórios em Capoeiras e em Garanhuns, no
Agreste, com capacidade máxima acima de um milhão de metros cúbi
cos. A equipe técnica da
Unidade Integrada de Gestão Ambiental (Uiga) de Garanhuns, ligada à Agência
Estadual de Meio Ambiente (CPRH), informa que fará uma visita técnica ao local
para avaliar o ocorrido. A data da inspeção no riacho não foi informada”. (Cidades/JC/21/02/2015) 

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