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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | segunda-feira, 26 de junho de 2023

 

São Bento do Una; Capoeiras; Calçado; Lagoa do Ouro; Paranatama; Jucati; Palmeirina; Brejão e Terezinha, todos no Agreste Meridional, são alguns dos 56 municípios pernambucanos cujas Delegacias estão sem Delegados Titulares para comandar as investigações de crimes e realizar operações, segundo levantamento da ADEPPE – Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco, publicado pela coluna Segurança, do Jornal do Commercio.   

 

De acordo com o levantamento, todas as 56 cidades sem Delegados estão no Interior. Além disso, 16 municípios não contam com Escrivães – profissionais fundamentais no andamento dos inquéritos. Por causa disso, há profissionais que estão cuidando de duas, três ou até quatro Cidades ao mesmo tempo. 

 

 

“Sem dúvida, é sinônimo de impunidade. Com todo respeito aos demais atores do sistema de justiça criminal, sem Delegado de Polícia na cidade há uma deficiência na investigação e punição de infratores”, afirma o delegado Diogo Victor, vice-presidente da ADEPPE.

 

 

Nos cinco primeiros meses do ano, 1.525 mortes violentas foram somadas pela Polícia em Pernambuco. Uma média de dez ocorrências por dia. Além disso, 54,7% desses crimes contra a vida foram registrados no Interior – o que demonstra a necessidade de uma maior atenção do Governo Estadual.

 

Além dos crimes contra a vida, os roubos também precisam ser combatidos com mais eficiência em Pernambuco. Entre janeiro e maio deste ano, 21.916 boletins de ocorrência foram registrados. Desse total, 28,3% foram em cidades do interior. No mesmo período de 2022, a polícia somou 21.652 roubos. Vale lembrar, também, que a população dessas cidades encontra dificuldade para prestar queixa, pois a maioria das delegacias só funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h. Ao mesmo tempo, desde maio, não é mais possível registrar esse crime pela internet.

 

 

NÃO É NOVIDADE – O déficit de profissionais não é novidade em Pernambuco. Mesmo no auge do programa Pacto pela Vida, no Governo Eduardo Campos, entre os anos de 2010 e 2013, algumas cidades do interior não contavam com delegados titulares. Nos anos seguintes a situação não mudou – mesmo com concurso público realizado no governo Paulo Câmara em 2018. Afinal, praticamente os novos profissionais só supriram as vagas daqueles que estavam se aposentando ou assumindo outros cargos chefias.

 

 

O QUE DIZ A SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL? – Questionada pelo JC sobre a falta de Delegados e Escrivães no interior de Pernambuco, a Secretaria de defesa Social (SDS) informou, através de Nota, que “por questões estratégicas de segurança” não é divulgado “o efetivo por unidades policiais”.

 

“Quanto ao déficit citado, a Secretaria de Defesa Social e a Polícia Civil, enquanto não ocorre o lançamento de concurso público, estão estudando formas de minorar a carência de efetivo nas delegacias”, argumentou a Pasta. (@blogcarloseugenio, com informações e imagens da Coluna Segurança/JC. CONFIRA)