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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

A reforma administrativa que o governador Paulo Câmara (PSB) promoverá,
trazendo Deputados Estaduais para auxiliar seu segundo mandato – conforme
informações de bastidores – está estrategicamente ligada a uma reformulação dos
espaços do governo na Assembleia Legislativa (Alepe). O rearranjo, no entanto,
tem como norte o fortalecimento das hostes socialistas visando à eleição de
2020, na qual o partido pretende angariar o comando de municípios estratégicos,
como Petrolina e Garanhuns – hoje na mão de opositores.

O nome do deputado Lucas Ramos (PSB) surge como opção tanto para a
liderança do governo, quanto para a presidência da Comissão de Finanças – cuja
importância advém do seu papel na apreciação do orçamento do Estado. Ramos
deverá disputar a Prefeitura de Petrolina e precisará de estrutura para
confrontar a popularidade do Prefeito – e opositor do Palácio – Miguel Coelho
(PSB). A dança das cadeiras que deverá retirar socialistas da Alepe trará,
naturalmente, o primeiro suplente Sivaldo Albino (PSB). Albino pode ser o
candidato do Palácio à Prefeitura de Garanhuns, com o intuito de vencer o
sucessor de Izaías Régis (PTB), opositor de Câmara no Município.
A expectativa é que Paulo Câmara convoque, pelo menos, dois nomes para o
seu secretariado da Alepe. A prioridade será a coligação formada por MDB, PSB e
PSD. São cotados os nomes dos deputados estaduais Rodrigo Novaes (PSD) e
Aluísio Lessa (PSB). Na cota do Solidariedade, o federal Augusto Coutinho (SD)
pode ser convocado para abrir espaço para Kaio Maniçoba na suplência, mas o
estadual Alberto Feitosa (SD) também poderia voltar para a Prefeitura do
Recife. Outra costura cogitada é puxar o deputado Rogério Leão (PR) para o
secretariado, contemplando o PR sem afastar o deputado federal Sebastião
Oliveira de Brasília. O intuito é manter Oliveira próximo à cúpula do PR para
evitar que a sigla vá para a oposição, com o prefeito de Jaboatão, Anderson
Ferreira (PR).

Na bancada do PSB, há correntes que defendem que a legenda deve ficar com a
presidência, seguindo o princípio da proporcionalidade. Esse preceito, contudo,
vem sendo negociado ao longo das últimas legislaturas e a tendência é que,
agora, mesmo com o PP sendo a segunda bancada, Eriberto Medeiros (PP) prevaleça
no cargo. Chefiar o Poder Legislativo, nesse sentido, será um gesto significativo
ao PP, que calculava ser a maior bancada na Alepe, mas teve seu desempenho
abaixo do PSB. Além disso, seguindo um costume dos tempos de Eduardo Campos, o
governador ainda pode justificar a perda de influência do PP na administração
estadual como consequência da diminuição do partido na Esplanada dos
Ministérios, no Planalto. Logo, inicialmente, o comando da Alepe estará
“de bom tamanho”.

O PSB também tem disputas internas sobre a 2ª Vice-Presidência, desejada por
Simone Santana e Aglailson Victor. A inclinação, todavia, está para Simone, uma
vez que Victor terá o primeiro mandato. A 1ª Vice-Presidência, que deve ficar
com o PSC, é requerida entre Governo e Oposição, já que Guilherme Uchôa Junior
é aliado do Palácio e Manoel Ferreira é opositor. Nesse caso, a experiência de
nove mandatos de Ferreira deve destacá-lo para a vaga. A 1ª Secretaria deve ser
disputada pelo líder governista, Isaltino Nascimento (PSB), e por Clodoaldo
Magalhães (PSB), que hoje preside a Comissão de Finanças. Caso Isaltino deixe a
liderança do governo, cogita-se Waldemar Borges (PSB) – hoje presidente da
Comissão de Justiça – ou Aluisio Lessa.
(Com
informações do Blog da Folha/Folha de Pernambuco. CONFIRA)