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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | quinta-feira, 19 de maio de 2022

 

 

O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, reconheceu que o Estado passa atualmente o pior momento na pediatria, com um cenário de gravidade por doenças respiratórias que não ocorria desde 2009, quando vivenciamos o surto provocado pelo H1N1 – uma nova cepa do vírus influenza A. 

 

 

Com a explosão de infecções respiratórias na infância, Pernambuco retorna ao panorama severo de 2009 e agora ultrapassa 100 crianças em fila por leitos em hospitais públicos. A rede privada enfrenta a mesma superlotação de pacientes da pediatria que permanecem nas emergências aguardando transferências para vagas de terapia intensiva (UTI) e enfermaria. “Ninguém está sem assistência”, garantiu Longo, nessa quarta-feira, dia 18, em coletiva de Imprensa. 

 

 

Com a atualização feita diariamente, o painel que apresenta os dados de leitos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Estado aponta que, das 80 pessoas esperam um leito de terapia intensiva na rede pública do Estado. Todas são crianças. Entre elas, 76 aguardam uma vaga em UTI pediátrica e 4 em UTI neonatal – aquela que recebe prematuros e bebês que apresentam algum tipo de problema ao nascer. Além disso, Pernambuco começa a ter fila de espera para leitos de enfermaria na pediatria. Dos 30 pacientes que aguardam uma vaga para internamento, 28 são crianças. Com isso, somando as filas de UTI e enfermaria, sobe para 108 o número de pequenos cujas famílias lutam por leito em rede pública, no Estado, para sobrevivência deles. 

 

 

Na tentativa de oferecer assistência adequada às crianças com quadros respiratórios graves, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) anunciou o cronograma de abertura de novas vagas em hospitais públicos. Ao todo, em duas semanas, devem ser abertas 80 leitos de UTI para crianças, o que deve quase dobrar a capacidade instalada hoje. “Diversas vezes ressaltamos nossa preocupação com o período sazonal e, por isso, já vínhamos trabalhando para ampliar a oferta de leitos. Do ano passado para cá, mais que dobramos as vagas de UTI para este público na rede estadual, passando de 56 leitos na sazonalidade de 2021 para 116 atualmente”, disse André Longo. 

 

 

“A maioria dos casos faz infecções leves, com tosse, coriza e febre baixa, com uma resolução de três a cinco dias. No entanto, mesmo não sendo uma característica em todos os casos, há quadros de maior gravidade. Indicamos que, se possível, evitem nesse momento lugares fechados e com aglomeração”, destacou o pediatra Eduardo Jorge da Fonseca Lima, vice-presidente da Sociedade de Pediatria de Pernambuco (SOPEPE). O Médico recomendou medidas essenciais para reduzir a transmissibilidade dos vírus, como a lavagem das mãos e das narinas com soro fisiológico. (Com informações do JC Online. CONFIRA)