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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | sexta-feira, 08 de março de 2013

Cenário de caatinga no município de Lagoa do Ouro.

A estiagem também vem castigando muito o rebanho bovino
no Agreste Meridional. Enquanto não chove, a produção de leite e seus
derivados, bem como a criação dos animais na Região, sentem os impactos da estiagem,
sobretudo no aspecto econômico.

Os reservatórios que saciam a sede do gado operam com
capacidade mínima e em muitos Municípios quase inexistem. Sem água e sem pasto,
os bois morrem e os criadores por não ter sequer a quem vender os seus animais, vão somando prejuízos.


O município de Cachoeirinha já reduziu a produção de
leite e de queijo em 70%. Em Garanhuns, a Prefeitura estima que o prejuízo econômico
no setor chega aos 80%. As informações foram publicadas no JC. Em Lagoa do
Ouro, assim como em diversos municípios do Agreste a paisagem é típica da região
da caatinga.

Uma ação denominada de Movimento
S.O.S. Pecuária de Pernambuco foi criada por produtores rurais e pecuaristas de
várias cidades do Estado, todos desestimulados pelo atual cenário desolador da
seca. O objetivo é sensibilizar o Governo do Estado quanto às dificuldades
vivenciadas pelos pecuaristas por conta dos efeitos da Seca.

Entre outras medidas, o Movimento reivindica junto ao
Governo do Estado a liberação da cota de milho que os produtores têm direito de
acordo com o cadastro existente na Conab. 
Aliás, a distribuição irregular do Milho, cujo programa é Federal, vem
gerando transtornos e constantes protestos de criadores na sede do IPA/Garanhuns,
órgão responsável pela distribuição dos grãos na Microrregião.

O secretário de
Agricultura do Estado, Ranilson Ramos
vem realizando desde ontem (dia 7) visitas aos municípios do Agreste que formam
a bacia leiteira de Pernambuco. O Secretário já passou por Buíque, Pedra e
Venturosa. Hoje pela manhã estará em Capoeiras, São Bento do Una, Bom Conselho
e Águas Belas. Nas cidades, Ramos se reúne com os produtores de leite e visita
as feiras de gado, que a cada dia se esvaziam devido à seca que castiga a Região.
Vale salientar que o Governo do Estado liberou em fevereiro, R$ 941 milhões
para obras de recursos hídricos no Estado, todavia em 2012, só executou 22,13%
do orçamento destinado para o Setor.   

A situação é de alerta total e a expectativa é
que ações emergenciais por parte do Governo do Estado sejam adotadas, caso
contrário, corremos o risco de vivenciarmos a
extinção da pecuária leiteira no Agreste
Meridional.