A Polícia Federal, com o apoio da Controladoria Regional da União em Alagoas (CGU/AL), deflagrou na manhã desta quinta-feira, dia 1º, a Operação Hefesto, que visa desarticular organização criminosa suspeita de praticar crimes de fraude em licitação e lavagem de dinheiro.
Os ilícitos teriam ocorrido entre 2019 e 2022, durante a realização de processos licitatórios, adesões a Atas de Registro de Preços e celebrações contratuais relacionadas ao fornecimento de equipamentos de robótica para 43 municípios alagoanos, cujos recursos aplicados ou previstos seriam de natureza federal, oriundos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação – FNDE.
De acordo com a investigação, as citadas contratações teriam sido ilicitamente direcionadas a uma única empresa fornecedora dos equipamentos de robótica, através da inserção de especificações técnicas restritivas nos editais dos certames e de cerceamento à participação plena de outros licitantes. Segundo a CGU, as fraudes e superfaturamento geraram prejuízo ao erário de R$ 8,1 milhões e sobrepreço, com prejuízos potenciais de R$ 19,8 milhões, em relação às despesas até então analisadas.
Mais de 110 policiais federais e 13 servidores da CGU cumprem 27 mandados judiciais de busca e apreensão, sendo 16 em Maceió-AL, oito em Brasília-DF, um em Gravatá-PE, um em São Carlos-SP e um em Goiânia-GO, além de dois mandados de prisão temporária em Brasília-DF, todos expedidos pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Alagoas. Na útima semana, segundo Giovanni Santoro, assessor de Imprensa da PF, foram cumpridas buscas na residência de um Suspeito, em Garanhuns, onde foi apreendido um veículo e o aparelho celular. A ação em Garanhuns estaria relacionada a Operação Hefesto. (Com informações e imagem da Polícia Federal)