A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) defendeu, nessa sexta-feira, dia 11, o incremento da vacinação, a volta do uso de máscaras e outras medidas para evitar que o cenário atual de alta nos casos de COVID-19 traga um possível aumento de internações, superlotação nos hospitais e mais mortes no futuro.
“Pelo menos em quatro estados da federação, já se verifica com preocupação uma tendência de curva em aceleração importante de casos novos de infecção pelo SARS-COV-2 quando comparado com o mês anterior”, diz o texto da nota técnica de alerta da SBI baseado nos dados divulgados nessa quinta, dia 10, no Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz.
A SBI alerta que o cenário é decorrente da subvariante Ômicron BQ.1 e outras variantes e pede que o Ministério da Saúde, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tenham atenção especial às medidas sugeridas.
O primeiro ponto levantado pela sociedade científica é que é preciso incrementar as taxas de vacinação contra a COVID-19, principalmente nas diferentes doses de reforço. A SBI avalia que as coberturas se encontram, todas, em níveis ainda insatisfatórios nos públicos-alvo.
Os infectologistas recomendam também garantir a aquisição de doses suficientes de vacina para imunizar todas as crianças de 6 meses a 5 anos de idade, independente da presença de comorbidades.
A SBI também pede a rápida aprovação e acesso às vacinas COVID-19 bivalentes de segunda geração, atualizadas com as novas variantes, que estão atualmente em análise pela Anvisa. Procurada pela Agência Brasil, a Agência respondeu que os processos estão em fase final de análise, e é esperado que a deliberação ocorra em breve, embora não haja uma data fixada para isso.
O quinto ponto diz respeito às medidas de prevenção chamadas não farmacológicas. A SBI defende a volta do uso de máscaras e do distanciamento social para evitar situações de aglomeração, principalmente pela população mais vulnerável, como idosos e imunossuprimidos.
As medidas sugeridas pela Sociedade Brasileira de Infectologia buscam “reduzir a chance de um possível impacto futuro de óbitos e superlotação dos serviços de saúde públicos e privados por casos graves de COVID-19”. (@blogcarloseugenio – www.blogdocarloseugenio.com.br – Com informações do JC Online. CONFIRA)