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BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | domingo, 31 de março de 2013


O cargo é de prefeito, mas o salário é de governador. Dos
mais ricos aos mais pobres, essa é a realidade em diversos municípios
brasileiros. No interior paulista, o prefeito de Guaíra, Sergio de Mello (PT),
recebe R$ 25 mil por mês, R$ 900 a mais do que o prefeito de São Paulo,
Fernando Haddad (PT) – R$ 24.117.

A 162 quilômetros de Florianópolis (SC),
Pomerode, uma típica cidade de interior e de tradição alemã, paga ao chefe do
executivo, Rolf Nicolodelli (PMDB), R$ 18 mil. É o mesmo valor que Lagoa
Grande, no sertão de Pernambuco, aprovou como salário para o prefeito Dhoni Robson
(PSB).

Todos eles, apesar de administrarem cidades de pequeno
porte, têm remuneração maior do que a de muitos governadores. Os representantes
de Pomerode e Lagoa Grande, por exemplo, ganham mais do que os governadores do
Rio de Janeiro (R$ 20.300), Ceará (R$ 14.895) e Piauí (R$ 13 mil). O prefeito
de Guaíra tem remuneração superior à do governador de São Paulo Geraldo Alckmin
(PSDB) – R$ 20.662.

As distorções são resultado da falta de parâmetros para a
fixação dos subsídios de acordo com o tamanho dos municípios e da população. A
única regra existente hoje é que o salário do prefeito não pode superar o teto
constitucional federal, de R$ 28.059,29, pago aos ministros do Supremo Tribunal
Federal. Portanto, um salário de prefeito maior que o do governador do estado,
embora seja no mínimo inusitado, não é ilegal. (Do jornal O Globo)