BLOG DO CARLOS EUGÊNIO | terça-feira, 28 de outubro de 2014
|
Imagens da reconstituição do Crime. |
Depois de mais de um ano
foragido, o fazendeiro José Maria Pedro Rozendo Barbosa – suspeito de ter
encomendado a morte do promotor de justiça Tiago Faria Soares em Itaíba, no
Agreste de Pernambuco – deve se apresentar no fim da tarde desta terça-feira
(28) à Polícia Federal, no Recife. A informação foi dada pelo advogado de
defesa de José Maria, Anderson Flexa, na manhã desta terça.
Flexa disse que José Maria agora se sente mais protegido para prestar
depoimento, depois que a Polícia Federal assumiu o caso, em setembro, a pedido
do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e por ordem do Superior Tribunal de
Justiça (STJ).
O crime aconteceu no dia 14 de outubro de 2013, na PE-300. Para a Polícia
Civil, que iniciou a investigação do caso, foi o fazendeiro José Maria quem
contratou o cunhado, Edmacy Ubirajara, para matar Tiago Faria. A motivação
envolveria uma disputa por terras. Ubirajara chegou a ser preso – passou dois
meses no Centro de Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no
Grande Recife. O advogado de defesa conseguiu que o acusado saísse da prisão
para responder pelo homicídio em liberdade.
|
Imagens da reconstituição do Crime. |
O promotor foi morto no Agreste, quando seguia de Águas Belas para Itaíba,
cidade onde trabalhava. Quatro cartuchos de espingarda 12 foram encontrados no
carro dele. A noiva, Mysheva Martins, e o tio dela também estavam no
veículo, mas não ficaram feridos. Segundo simulação ocorrida em 23 de dezembro,
os três foram perseguidos por um carro. O homem que estava no banco de trás
desse veículo atirou com uma espingarda 12, acertando o promotor. Mysheva saiu
do carro do noivo e se protegeu no barranco; o tio dela também saiu do veículo
e andou pelo acostamento. Os atiradores voltaram e o homem que estava atrás
atirou outras três vezes, antes de deixar o local do crime. Mysheva e o tio
escaparam ilesos.
A Polícia Civil afirma que
José Maria encomendou o assassinato porque o promotor teria ajudado a noiva,
Mysheva Martins, a comprar a sede de uma fazenda em um leilão da Justiça
Federal. José Maria perdeu a posse e teve que sair dessa fazenda. Em entrevista
exclusiva à TV Globo, na época, o fazendeiro negou o crime. (Com
informações do G1 Caruaru)