A Justiça de Pernambuco marcou a audiência de instrução e julgamento do Ex-vereador de Tupanatinga, Luciano de Souza Cavalcanti, de 59 anos, acusado de tentativa de feminicídio por atirar em uma Mulher, na área externa de um motel de Garanhuns. O caso aconteceu em 6 de março.
A audiência do Ex-vereador, que está preso preventivamente, foi marcada para o dia 4 de agosto, às 8h15. A decisão é da juíza Alyne Dionísio Barbosa Padilha, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Garanhuns, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
Na ocasião, além da oitiva testemunhas de defesa e de acusação, Luciano também deve ser interrogado. Só então a magistrada decide se vai levá-lo a júri popular.
Na mesma decisão, a Juíza também considerou que a defesa “não trouxe à baila qualquer fato capaz de conduzir à absolvição sumária” ao responder à acusação. O Advogado de Luciano havia pedido que a Justiça negasse a qualificadora de feminicídio e rebaixasse a denúncia para lesão corporal.
ENTENDA O CASO – O ex-vereador Luciano de Souza Cavalcanti foi preso em flagrante após atirar em uma Mulher de 23 anos na área externa de um motel de Garanhuns, às margens da BR-424, no dia 6 de março. O caso foi filmado por câmera de segurança do estabelecimento.
O acusado foi com três mulheres ao Motel e teria batido em uma delas quando o grupo ainda estava na suíte. Segundo testemunhas, ele teria se tornado agressivo “sem motivo aparente”.
Por causa das agressões, as Mulheres decidiram sair do quarto, pediram um carro de aplicativo e foram esperar na área comum do motel. Vestido só de cueca, Luciano aparece em seguida, com as mãos para trás, saca um revólver calibre .38 e dá cinco tiros na direção de uma delas, que foi atingida no tórax, pernas e braços.
Luciano foi denunciado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), ainda em março, e aguarda pelo julgamento na cadeia. À Justiça, a defesa já alegou que ele tem diagnóstico de esquizofrenia paranoide desde novembro de 2024.
Baleada cinco vezes, a Vítima sobreviveu e relata uma série de prejuízos após o episódio. Entre eles, diz que precisou interromper os estudos e que atualmente depende de terceiros para realizar atividades básicas, como higiene pessoal. Ela também pede indenização de no mínimo R$ 500 mil. (@blogcarloseugenio, com informações do Diário de Pernambuco. CONFIRA)