Alunos assistindo aula no refeitório; dividindo carteiras escolares em classes multisseriadas (com duas turmas numa mesma sala); tendo que usar banheiros químicos para realizar as necessidades fisiológicas, tudo em meio ao barulho, a poeira, a máquinas ligadas (betoneiras) e aos riscos de acidentes e transtornos gerados pela realização de uma obra de reforma durante o horário das aulas. Essa é a realidade vivida por Professores, Servidores Municipais e, sobretudo, Crianças que estudam na Escola Municipal Luiz Tenório de Carvalho, em Garanhuns.
É que diante das precárias condições estruturais do imóvel localizado na rua Padre Agobar Valença, em Heliópolis, a Prefeitura de Garanhuns contratou uma Empresa para realizar serviços de reforço estrutural no prédio da Escola, porém os trabalhos vem sendo realizados em paralelo com as aulas, dificultando o trabalho dos profissionais e tornando inviável o processo de ensino-aprendizagem. “Temos ao mesmo tempo: operários trabalhando; máquinas ligadas; alunos tentando assistir aula e professores tentando lecionar, enquanto crianças usam o banheiro e participam do intervalo. Não há qualquer condição dessa situação continuar, tendo em vista os transtornos e os riscos que a comunidade escolar está sendo exposta”, complementou o professor Robson Elias, que atua na Escola.
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A situação já foi levada ao conhecimento do Conselho Tutelar por um pai de aluno, que antes procurou, sem sucesso a Secretaria de Educação (vídeo acima), e vem sendo denunciada diariamente nas redes sociais e também, via e-mail, ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O problema também foi debatido na Câmara de Vereadores, nessa quarta-feira, dia 3, e uma proposição da vereadora Magda Alves solicitando que as aulas fossem transferidas, em caráter de urgência, para outro imóvel enquanto durarem as obras, foi aprovado pela Câmara e será encaminhado ao Prefeito Sivaldo Albino (PSB) e a secretária de Educação, Wilza Vitorino.
O Blog do Carlos Eugênio buscou contato com a Secretaria de Educação para que se posicionasse sobre o assunto, mas a Pasta silenciou.
Vale destacar que tramita no Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) um pedido de Procedimento Investigativo, solicitado pelo Ministério Público de Contas (MPCO), relacionado às obras na Escola (relembre AQUI). Também tramita no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) o Procedimento nº 02090.000.181/2022, instaurado em novembro passado, tendo em vista as “estruturas inadequadas para o ensino infantil” naquela Escola (relembre clicando AQUI). Apesar de um recente posicionamento da Secretaria de Educação sobre a demanda encaminhada ao TCE-PE (relembre AQUI), ainda não há uma posição oficial sobre o andamento das ações pelos Órgãos de Fiscalização. (@blogcarloseugenio)